Evangelho: Lc 9,57-62
Naquele tempo: 57 Enquanto faziam este percurso, um homem foi dizer a Jesus: “Vou te seguir para onde fores!”. 58 Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas, as aves do céu têm ninhos. Mas o Filho do homem não tem onde apoiar a cabeça”. 59 E disse a um outro: “Segue-me!”. Ele respondeu: “Senhor, deixa que eu vá antes enterrar meu pai”. 60 Mas Jesus replicou: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos, mas tu vai anunciar o Reino de Deus”. 61 Outro ainda lhe disse: “Vou te seguir, Senhor, mas deixa que eu vá primeiro me despedir da família”. 62 Jesus lhe respondeu: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus”.
Primeira Leitura: Jó 9,1-12.14-16
1 Respondeu Jó a seus amigos:2 “Realmente, eu sei que assim é: e como pode o homem ter razão contra Deus? 3 Se o mortal quisesse contender com ele, não responderia nem uma vez sobre mil. 4 Ele é sábio de coração e robusto de força: quem lhe resistiria impunemente? 5 Ele é quem remove as montanhas, sem que elas percebam, e as revolve em seu furor. 6 Ele é quem sacode a terra do seu lugar e lhe abala as colunas. 7 Ele dá uma ordem, e o sol não se levanta. Ele põe um selo sobre as estrelas. 8 Só ele é quem estende os céus, e marcha sobre as ondas do mar. 9 Ele criou a Ursa e o Órion, as Plêiades e as Constelações do Sul. 10 Ele faz obras grandiosas, insondáveis, e maravilhas inúmeras. 11 Ei-lo que passa perto de mim e não o vejo, ei-lo que segue seu caminho, e não o percebo. 12 Ei-lo a despojar: quem o impedirá? Quem lhe dirá: ‘Que é que fazes?’.
14 Quanto menos eu poderei responder-lhe e contra ele escolher meus argumentos! 15 Tivesse eu razão, de que adiantaria defender-me? Ele é meu juiz, a quem eu deveria suplicar. 16 Se ele, ao meu apelo, acaso respondesse, teria eu certeza de ele escutar minha voz?
Salmo: Sl 87(88),10bc-11.12-13.14-15 (R/. 3a)
R. Chegue a minha oração até a vossa presença!
10 bc Clamo por ti, Senhor, dia após dia; estendo para ti as minhas mãos. 11 Farás milagres em favor dos mortos? as sombras se erguerão para louvar-te?
12 Comenta-se entre os mortos teu amor, tua fidelidade no sepulcro? 13 Conhecerão as trevas teus prodígios, onde tudo se esquece, a tua graça?
14 Eu, no entanto, Senhor, clamo por ti; sobe a ti minha prece desde a aurora. 15 Por que, Senhor, repeles minha alma; por que escondes de mim a tua face?