Foi com esta frase-lema, até de certo ponto, “conceitual” que submetida a um concurso no âmbito acadêmico-teológico do Seminário Maior da Prainha, Fortaleza - Ceará, quando seminarista (1960) obtive uma menção honrosa: - Tal frase foi vencedora!
Hoje, nesta semana que traz a memória (no vocábulo hebraico) da celebração Pascal (2020), pensamos, como São Paulo, em continuar a combater o bom combate, percorrendo em bom termo a nossa “caminhada histórica” e, particularmente, conservando, com alegria, a fé. Só assim obteremos a glória da definitiva Páscoa-Vida-Nova, eternamente.
O Pai criador todo poderoso tanto amou os que estavam no mundo que tomou seu Filho unigênito e O fez “Peregrino” da nossa história.
Mas, seis dias depois de estar em Casareia de Filipe, Jesus, indagando, pormenorizadamente, percebeu o quanto era difícil vê-Lo na sua autêntica identidade, apesar da profissão de fé proclamada pelo apóstolo Pedro: “ Tu és o ungido, Filho de Deus vivo” ( Mt 16, 16).
Então, Jesus decidiu revelar de modo esplêndido traços marcantes de sua (id)Entidade divina. Tomou consigo três de seus amigos que muito ansiavam por reconhecer intimamente a face do Messias. Os convidados se comportaram com presença de extrema disponibilidade:
- saíram do ambiente natural, deixaram o ritmo ordinário da vida, distanciaram-se com Jesus e galgaram a desconfortável altura do Monte Tabor.
Súbito, Jesus de transfigura diante deles que retirando-se, deixaram para trás o aconchego de parentes e amigos, a empreitada do seu trabalho. Tudo pela causa maior: serem testemunhas oculares do autêntico Rosto do Cristo. E que a convicção inspirada do Salmista os confortava por inteiro:
- “ Tua face, Senhor, é o que buscamos encontrar...” ( salmo 27, 8 e 9).
O rosto de Jesus brilhou, assim como suas vestes, com luz própria. Por isso, o verbo brilhar deve ser usado na voz ativa. Testemunharam, misteriosamente, a Transfiguração, os profetas: Moisés e Elias.
Confirmando seu infinito projeto de infinito Amor, o Pai Eterno usou sua fala decisiva:
“– Este é o meu Filho amado. Ouvi-O”! (Mc 9, 7)
Ainda hoje Deus nos acompanha na caminhada rumo aos “Montes” de novos desafios. Ele espera pelo nosso “Bom Combate...” Aponta-nos bifurcações inesperadas na temporalidade dos fatos, testando-nos o desempenho dos “Dons recebidos”. A messe é grande, mas quase sempre bem poucos (três) são aos que se interessam reconhecer a verdadeira Face de Jesus.
Por toda parte do mundo, em todos os tempos na história da salvação há Monte Tabor, há Monte das Oliveiras, e, sobretudo, Monte Calvário...
- Deus queira que em nossos dias, possamos “emprestar” um sepulcro para Jesus!
Razão de sobra temos para conservar a Fé!: Deus é “Louco” ( da loucura da cruz!) por nós: ...quem tiver fome, sede; quem estiver perdido, fatigado, embaraçado, venha a Mim...Eu tomarei conta:
- Eu sou o caminho (não só do Mapa)
- Eu sou a Verdade (não só de Pitágoras)
- Eu sou a Luz (não só a da usina)
- Eu sou o Pão (não só do comércio)
- Eu sou a Vida (não só em pedaços)
- Na Páscoa, o Cordeiro imolado permutou o pedaço de vida pela vida inteira.
- Eu sou a Ressureição e a Vida!!!
- Através da Minha Páscoa, vivereis Comigo na Eterna Felicidade!
Mensagem da Páscoa - Mons. Pedro Ferreira da Costa